Repórter: Cabei de chegá e já deixei o "standapão" do esgoto na ilha. Que é que tem ainda?
Produção: Peraí que tô vendo o G1 pra ver se tem alguma novidade. Segura aí.
Repórter: Tô esperando...
Produção: Achei.
Repórter: Oba. O que é? Vt pra amanhã?
Produção: Não. É um ao vivo. O jornal tá um buraco só de vt.
Repórter: Manda
Produção: Você vai lá pra Central de Velórios. Tem um corpo sendo velado lá. É o seguinte: a família não deixa imprensa entrar, então você vai lá e fica enrolando, relembrando tudo da morte do militar e no fim diz que não entrou porque a família pediu privacidade.
Repórter com cara de cachorro que caiu da mudança: Sim... e o qual a importância de falar do corpo sendo velado? Tem novidade sobre o caso?
Produção: Mulher, invente não. Vai lá e improvisa. Tem que tapar o buraco do jornal. Você num sabe como é???? Quer que eu mande você pra cobrir uma morte lá em Santa Rita? Quer?
Repórter: Jesus, Ave Maria. Me dá logo o endereço do velório.
E assim vai nosso pobre jornalismo de ladeira abaixo, com salários de ladeira abaixo, entusiasmo de ladeira abaixo, e faz de conta de ladeira acima. Estamos de olho!!!
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