segunda-feira, 15 de abril de 2013

CASO FERNANDA HELEN: CARIDADE, JORNALISMO E DECEPÇÃO

Esperemos uma semana para ver até onde poderiam chegar os sanguessugas do plantão jornalístico da nossa capital. Vergonha para um senhor que alguns insistem em chamá-lo de jornalista, acompanhado do seu filho, visitar a casa de Fernanda Helen com uma câmera ligada com o único e exclusivo objetivo de repercutir sua simulada emoção. Vergonha para um governante que, de olho na emoção que se reverte em votos futuros, foi visitar a família abalada com a morte da filha e esse mesmo governante fazer questão de divulgar essa visita. Alguém visitou a família de Rebeca que foi estuprada e assassinada e que até hoje não sabemos quem foi o autor crime? É o aproveitamento da situação para angariar holofotes disfarçado de caridade para e para divulgar reduções nos índices de criminalidade imperceptíveis pela população. É o sensacionalismo em cima da desgraça alheia disfarçado de jornalismo. É o desespero em tentar manter acesa a chama da vingança contra o acusado por pessoas que se intitulam religiosos e tementes a Deus. Como ter Deus no coração e, paralelamente, instigar a vingança contra o acusado de matar Fernanda Helen quando ele estiver no presídio? Além de se influenciar os caminhos políticos do nosso estado com tendências nada disfarçadas, alguns que estão à frente das câmeras querem, também, decidir quem deve e quem não deve viver nos presídios. Se fosse com um irmão de algum deles, jamais teriam tal reação. Mas coisas como essas já são corriqueiras nos nossos meios de comunicação. O que não é corriqueiro é o respeito para com os menos favorecidos, a decência e a moral. Esses dois últimos se encontram em extinção. Poucos as praticam. Estamos de olho!!!

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