domingo, 8 de janeiro de 2012

OPINIÃO NA PARAÍBA

Não opine, não dê ideias, não faça observações críticas, nunca discorde. Esses são os lemas para se conseguir passar limpo de qualquer situação que possa referenciar qualquer ação governamental; seja municipal ou estadual. Assim respiram as mentes “pensantes” nesse estado que há anos, décadas amarga ver o crescimento dos vizinhos como se tudo, lá fora, fosse normal. Mesmo que esse normal seja provocar uma vista grossa em detrimento dos conterrâneos mais próximos. E falamos por experiência própria. Estamos próximos de completar um ano de existência e de vez em quando nos momentos que fazemos referência a qualquer situação jornalística, econômica, educacional, social, ou qualquer “al”, sempre vem algum leitor nos taxando de oposição. De Cabedelo a Monte Horebe, ao que parece, somente existem duas medidas de interação social que estão polarizadas no extremo do governismo; situação, ou no extremismo do anti-governismo; oposição. E se essa nuvem de cordão vermelho versus encarnado, republicanos e democratas, “árabes e judeus” se perpetua, ninguém mais culpada que a nossa imprensa que sobrevive por entranhas jugulares na ânsia de promover a discórdia e ou o mais brilhante céu de brigadeiro. Tudo está às claras sem disfarces. A credibilidade não se faz mais pilar de concretização da profissão nos nossos meios. A proximidade aos cofres é que dá o tom de poder e posse, de verdade e mentira, de meias verdades ou de pequenas mentiras repetidamente divulgadas. Querer o bem da sociedade não mais está nos objetivos da nossa profissão. Escrever para reflexão e para futuro debate a fim de resultar num cadinho de propostas para um estado melhor? Esqueça. Estamos nesse caminho e não há novas propostas, novos horizontes. Novos que se revelam velhos e velhos que não mais conseguem ter a vitalidade de jovens. A política não está mais no embate das referências mentais e sim no embate das próximas possibilidades de quem poderá ou não ser o próximo prefeito, o próximo vereador, o próximo governador. E assim se vai movendo a sociedade, imprensa e poder, repetindo atos e promovendo efeitos vistos na Segunda Guerra Mundial com mensagens subliminares e incompletas deixando que cada um faça sua versão mesmo havendo apenas uma; a verdadeira. Melhor não dizer nada. Se uma escola está fechada não lastime, não questione. Não pense que um filho seu poderia ser aluno dele. Então, para não estar em meio a um “tiroteio” de extremistas, melhor não opinar, não querer o melhor para a sociedade, não encontrar fraturas mesmo que expostas. Não aponte a chuva mesmo que todas as nuvens do mundo estejam vertendo água sobre nossas cabeças. Para muitos, inexista. Apesar dessas constatações, nós do Blog Bucho Furado, continuaremos fazendo nosso trabalho como estamos acostumados.  A quem se ofendeu, nossas sinceras desculpas. Sabemos que muitos pensam como nós, mas não conseguem exprimir suas ideias integralmente. Nós? Vamos sobrevivendo mesmo tendo recebido recados de possíveis patrocínios ou apoios a este blog. Nossa meta é continuar como estamos e como todos já sabem: estamos de olho!!!

3 comentários:

Zé cláudio disse...

O bucho furado ultimamente só tá falando mal do governo !! Cadê a imparcialidade ?

Anônimo disse...

Ai.. como seria bom se todos os programas locais de rádios e Tvs pensassem como vcs esse nossos governantes estavan...

Áurea Olimpia disse...

A longa defesa de vcs, é sintomática, não precisa dizer mais nada, façam uma leitura de crítica de vcs mesmos. Até pra citar a gafe da Record ao fazer uma série de reportagens tomando o Nordeste unicamente pelo estado de Pernambuco, vcs deram um jeito de alfinetar o governo e segue do mesmo modo com quase todas as postagens, assim fica chato!
Achei q o blog de vcs era diferente dos tantos portais que temos (situação-oposição-disse-me-disse da politicagem). E não me incomoda a crítica ao governo, mas a falta de senso de oportunidade ao fazê-la. O problema é q sei q ao dizer isso, podem pensar q eu gostaria de ler postagens elogiosas a atual gestão, mas é exatamente o contrário...considerava vcs acima dessas querelas, isso chamou minha atenção e a de muita gente para o blog. Mas de uns tempos pra cá, ficou "foda" o negócio...que tal de "WikiLeaks da Imprensa" mudar p "Wikileaks da politicagem"?

P.S.: não precisa publicar este comentário. Até pq acho q é a última vez que participo.