GOVERNADOR PERDE O PRAZO DUAS VEZES

Alguém vai enviar algum comentário maldoso e mal criado para nós deste, mas estamos apenas cobrando a palavra dada do então candidato a governador feita há quase um ano e meio, lá pelos meses de setembro e outubro de 2010. A palavra empenhada garantia que em seis meses de gestão o governador reduziria drasticamente a violência que apavora a nossa população. Pois bem. Estamos no décimo quarto mês de governo e a promessa, a todos os santos e à toda Paraíba, da redução da violência já ultrapassa a segunda perda de prazo. O primeiro se exauriu em junho de 2011. Como tudo, em se tratando de governo, ganha sempre um prazo a mais, acreditamos que o segundo já foi bastante elástico e o que vemos de resultado? Aumento, aumento e aumento dos atos violentos que se espalham de Cabedelo a Cajazeiras. Deveria existir uma lei que previsse promessas não cumpridas com severas punições para o prometedor. Nossa imprensa cala-se diante de tudo. Quando vimos algum colega mais atrevido questionando decisões e atitudes governamentais, os contra cuidam logo de conceituá-lo ou mesmo de rebater imediatamente com notícias fantasiosas. Ontem a indignação da morte de um funcionário da Prefeitura de João Pessoa foi utilizada por muitos colegas, não para cobrar mais segurança para a população e sim para misturar indignações apelativas para uma pena de morte e para elogios aos responsáveis pelas prisões. Bruno morreu, causou comoção. Mas e os outros tantos Joãos, Josés, as Marias, as Josefas, os Pedros que são executados semanalmente e até com mais crueldade com cabeças e mãos decepadas? Claro que tem uma explicação: são pobres, favelados, negros, desempregados. Tristeza ouvir alguns metidos a repórter insistindo, quando em algumas entrevistas, que o morto poderia ter envolvimento com drogas como se isso fosse motivo aceitável e servisse para amenizar a morte alheia. Bruno era um homem de bem, mas será que todos os outros não eram? E por não serem mereciam a morte? Enquanto isso colegas de imprensa atrelados aos governos se omitem e não cobram a quem de direito e quando o fazem simulam cobranças a algum bode espiatório. Foi o que aconteceu via twitter do nosso colega Luís Torres nesta quarta. Ao simular uma cobrança ao secretário de segurança do estado, causou estranheza na classe jornalística. Todos se perguntavam o que estaria acontecendo com Luís para escrever o que escreveu? Estranheza por todos saberem, e ele mesmo não esconder, que suas posições são sempre pró governo da Paraíba e de João Pessoa. Leia os twiters abaixo e tire suas conclusões. De qualquer maneira estamos com prazo duplamente vencido. E nós que votamos ficamos como? Rezando e pedindo proteção aos verdadeiros santos que não pedem voto em troco. Estamos de olho!!!