Num certo dia,
numa capitania tão tão perto, um certo plebeu se achando rei e fazendo o povo
de bobo da corte se atreveu a prestar contas de seus mal feitos e de sua falta
de solução para com a segurança da capitania. Assaltos, crimes, armas na cara
dos bobos da corte, medo fazendo parte do cotidiano e, em algumas localidades,
moradores tentam se preservar num toque de recolher psicológico. Daqueles que
não se grita aos 4 cantos, mas está na cara de cada contribuinte que paga seus
impostos, impostos. Pois não é que o dito plebeu, tomado pelos ares de rei teve
a coragem de declarar aos súditos que o ouviam pela rádio que sua função era
prender a bandidagem e que a prevenção era responsabilidade da população. Até
aí, nada demais. Plebeu que se veste de rei é pra dizer asneiras desse tipo pra
pior. Mas o que mais causou tristeza naquela população, sofrida, carente de
crédito em seus governantes, não foi apenas ouvir os excrementos expelidos na
difusora do povoado, mas sim a inércia que se alastrou por todas as difusoras
que se acovardaram em rebater as mentirosas declarações do ser que se acha
superior aos mortais. Essa é a história de um povoado que vai, aos poucos,
vendo e ouvindo sua imprensa local se amedrontar diante daquele que “tira o seu
da reta”. Imprensa que faz questão de esquecer o passado no qual o 'todo
poderoso' prometeu reduzir drasticamente os números da violência que vem
piorando nos últimos anos. Imprensa que se acovarda com medo de ser rifada
tomando, por exemplo, alguns acontecimentos recentes. Imprensa que, quando
tenta pressionar o plebeu carrasco com cara de rei, apenas disfarça pra
ludibriar a população descrente. Essa é a ficção mais realista que
conseguimos escrever a respeito da desgovernança travestida de paraíso
prometido pelo messias enganador. Triste paraibanópolis.
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