quinta-feira, 19 de setembro de 2013

NUMA PARAIBANÓPOLIS TÃO TÃO PERTO

Num certo dia, numa capitania tão tão perto, um certo plebeu se achando rei e fazendo o povo de bobo da corte se atreveu a prestar contas de seus mal feitos e de sua falta de solução para com a segurança da capitania. Assaltos, crimes, armas na cara dos bobos da corte, medo fazendo parte do cotidiano e, em algumas localidades, moradores tentam se preservar num toque de recolher psicológico. Daqueles que não se grita aos 4 cantos, mas está na cara de cada contribuinte que paga seus impostos, impostos. Pois não é que o dito plebeu, tomado pelos ares de rei teve a coragem de declarar aos súditos que o ouviam pela rádio que sua função era prender a bandidagem e que a prevenção era responsabilidade da população. Até aí, nada demais. Plebeu que se veste de rei é pra dizer asneiras desse tipo pra pior. Mas o que mais causou tristeza naquela população, sofrida, carente de crédito em seus governantes, não foi apenas ouvir os excrementos expelidos na difusora do povoado, mas sim a inércia que se alastrou por todas as difusoras que se acovardaram em rebater as mentirosas declarações do ser que se acha superior aos mortais. Essa é a história de um povoado que vai, aos poucos, vendo e ouvindo sua imprensa local se amedrontar diante daquele que “tira o seu da reta”. Imprensa que faz questão de esquecer o passado no qual o 'todo poderoso' prometeu reduzir drasticamente os números da violência que vem piorando nos últimos anos. Imprensa que se acovarda com medo de ser rifada tomando, por exemplo, alguns acontecimentos recentes. Imprensa que, quando tenta pressionar o plebeu carrasco com cara de rei, apenas disfarça pra ludibriar a população descrente. Essa é a ficção mais realista que conseguimos escrever a respeito da desgovernança travestida de paraíso prometido pelo messias enganador. Triste paraibanópolis.

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