O concurso da Assembleia Legislativa da Paraíba é mais um ato afirmativo da simbiose existente entre a política e o jornalismo na Paraíba. A ausência do cargo de Jornalista no edital da AL é a mais forte evidência. Todo mundo sabe da quantidade de jornalistas que se agarram às "tetas" no setor de imprensa da AL e esses devem ter movido todos os "pauzinhos" para que o edital não trouxesse a abertura da disputa para o cargo de Jornalista, Radialista e, ou suas especificações de acordo com cada lei. Engraçado que muitos jornalistas ficam berrando aos quatro cantos que o Concurso Público é obrigatório para se exercer uma função pública, mas ninguém se manifestou a respeito. Pelo menos publicamente, não. Em se tratando de Paraíba, esse concurso da AL nada mais é que a revelação dessa doença impregnada nos alicerces dos palácios, das casas legislativas, nas casas executivas e até judiciárias. Triste convivência que mostra o despreparo e até o medo de muitos da imprensa em se submeterem a testes simples que abordem a nossa Gramática e outros conhecimentos que não sejam relacionados a picuinhas politiqueiras e de interesse pessoal. Qual seria o nível das respostas, no concurso, dos que se sustentam nas assessorias com cheiro de "jabá" mantidas com o dinheiro público? Noutros concursos de Assembleias, como a de Pernambuco, foram abertas vagas para Jornalistas. Por que na Paraíba não? Estamos de olho e de olho em algum Concurso Público pra ninguém olhar pra gente como se fôssemos sobreviventes de esmolas.
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