quinta-feira, 22 de setembro de 2011
NÓS E OS JORNALISTAS
Desde o brotar dos primeiros textos analisando a nossa
imprensa, muitos colegas nossos declararam seus elogios e outros tantos se
revelaram incomodados e até nos hostilizando. Alguns nos conceituam como sendo
desprovidos de conhecimento sobre os meios, outros procuram nos desclassificar,
outros emitem comentários que, devido à nossa formação, não ousamos publicar.
Nunca, em nenhum momento, nos posicionamos como detentores de todas as
perfeições possíveis para o exercício da profissão. Nunca nos colocamos como os
paladinos da Gramática, da Língua Culta, das regras que regem a nosso Português
e também nunca expusemos colegas ao ridículo. O que sempre nos regeu para a
manutenção deste blog foi a tentativa de discutir os trilhos pelos quais o
jornalismo, principalmente o paraibano, vem seguindo nos últimos tempos. Nada
que não se tenha visto décadas atrás, mas que hoje é muito mais “escancarado” e
muito mais, disfarçadamente, revestido de jornalismo ético e moral. Só não
sabemos explicitar que moral e que ética são estas. Ameaças e acusações nos são
enviadas via twitter e pelo canal de comentários do blog. Mas afinal em que estamos
pecando? Em que momento falhamos quando da exposição de algum erro com sua
possível correção? Nesses oito meses de constantes análises de conteúdos e
distorções jornalísticas nós também cometemos alguns poucos escorregões, porém
sempre assumimos e deixamos publicados para que o nosso leitor também veja e
tire sua conclusão. E nesse pequeno tempo de vida pudemos notar mais fortemente
que o jornalista tem o dom de analisar, criticar, opinar sempre em cima das
situações alheias, mas quando o chega o momento de ler, ouvir, aceitar uma
crítica, a receptividade é praticamente nula. O jornalista tem o dom de vestir
a armadura do perfeito como se fosse um enviado de uma raça mais apurada e mais
desenvolvida. E assim vamos seguindo o nosso caminho entre os que nos dão
incentivo e os que nos desejam toda má sorte. Uma conclusão, pelo menos, já temos
que é: em muitas redações o cuidado está aumentando por receio de se cometer
algum erro para não sair no Bucho Furado.
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2 comentários:
O Bucho é tampa, sempre estamos lendo as suas críticas, as suas análises sobre o nosso jornalismo. Em frente sempre.
É absolutamente importante, necessário, o trabalho de vocês. Aliás, mais que trabalho, um serviço. Eu só recomendo que sejam mais cautelosos nos textos próprios, como este em epígrafe que, infelizmente, está eivado de incorreções ortográficas, todas evitáveis, creio, se vocês tivessem feito uma indispensável revisão. A minha crítica visa tão somente a contribuir com a qualidade do serviço, que funciona também como espécie de ombudsman da categoria. Parabéns.
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