domingo, 18 de março de 2012

AULA DE SEXTA À NOITE

O Globo Repórter da última sexta foi o que classificamos como uma verdadeira aula de como se produzir um programa com imagens perfeitas e reveladoras da Caatinga. Claro que pra tudo se concretizar, alguns meses foram gastos em reuniões e coleta de informações até o resultado final. Sem dinheiro também nada teria sido feito. Mas a aula foi dada e serviu muito bem a quem teve os olhos atentos. Para se fazer boas imagens, como algumas que vimos, não há necessidade de toda aquela produção. Para se construir um bom texto também não depende só da produção e sim de dedicação ao trabalho e criatividade. Para se ter boas ideias é só se matricular na academia de musculação do cérebro o que anda em falta pelas nossas paragens. Será que os experts das nossas tvs se dispuseram a “gastar” um tempinho pra assistir à aula do Globo Repórter? O que nos falta para, pelo menos, chegarmos perto? Não culpamos apenas os profissionais. Principalmente, na Paraíba, ainda persiste o improviso como um pano de fundo da falta de incentivo dos donos das empresas, do despreparo de diretores, da falta de estrutura para se empenhar em boas produções mais informativas, mais educativas; capazes de despertar no telespectador a atenção para algo que não seja o factual das misérias que insistem em ocupar nossos telejornais. Na Paraíba o fato que vale, de valor monetário e não de outra coisa, é o assunto político e o policial o que nos leva a afirmar que poucos, pouquíssimos, profissionais conseguiriam atravessar fronteiras para se estabelecer em outros estados. Estamos de olho também no Globo Repórter.

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