segunda-feira, 1 de agosto de 2011

PICADEIRO DO JORNALISMO ARMADO. SEMPRE

É de abismar qualquer pessoa com um pouco de decência o que vimos e ouvimos nas tvs e rádios de João Pessoa na última sexta. E começou logo cedo. Alguns apresentadores travestidos de âncoras jornalísticos tiveram a oportunidade de minimizarem seus já decaídos conceitos e não o fizeram. Tristeza nos tomou assim que ligamos a televisão, pela manhã, e vimos um radialista dizer que vão “divulgar o nome do presídio que o estuprador vai ficar” já incitando a pena não-legal que o acusado, naturalmente, já vai receber quando nas mãos dos internos dos presídios. Para nosso incômodo maior, outros locutores, apresentadores, jornalistas se vestiram da toga de juízes do povo para também darem suas opiniões nefastas, funestas sobre qual futuro o sr. Abner deverá ser presenteado. Jornalismo se viu pouco, pois o jornalismo não dá espaço para o sensacionalismo barato com a única intenção de angariar números e elogios mesmo que ao preço de promover violência como pagamento para a violência. Nós não chegamos a ouvir, mas no twitter foi divulgado que até um jornalista chorou na rádio quando falava do assunto. Coisa estranha para nós. Seria mais um artifício de comoção para com o ouvinte apenas pensando na repercussão? Pelo jeito o picadeiro dos horrores, nos nossos meios, está sempre armado à espreita de alguma encenação macabra para conquistar telespectadores e ouvintes mesmo que sejam conduzidos de atores/canastrões disfarçados de jornalistas. Estamos de olho!!!

6 comentários:

Anônimo disse...

É verdade, estamos no sensacionalismo desenfreado, buscando à qualquer preço o tão famoso Ibope.
O choro foi de W Farias no programa de meio dia do sistema correio, Heron ficou impressionado quando viu o colega que carrega uma experiência de décadas se emocionar ao narrarem o que havia em um vídeo caseiro, pois o mesmo sequer viu as gravações.

Taty Valéria disse...

Ainda na sexta-feira, comentei no meu twitter que era bem provável que algum desses "portais de notícias" tivesse acesso às gravações do criminoso, colocasse o vídeo no ar e ainda anuciasse o mesmo como "EXCLUSIVO". Foram inúmeros os colegas que concordaram comigo, e alguns deles me acusaram de ser injusta com a classe.
Eu, sinceramente, não tenho mais o que esperar da nossa imprensa...

Anônimo disse...

Interessante ver no twiter os comentários de profissionais de outras tvs falando mal ainda que indiretamente da tv correio,isso se chama dor de cotovelo,por pior que seja tem que se reconhecer que deram verdadeiros furos de reportagem nesse caso enquanto isso só resta a concorrencia desmerecer e não assumir a incompetencia

Anônimo disse...

MAS BASTA ! BUCHO FAZ DÉCADAS QUE SOFRO COM ESSE PROBLEMA NA IMPRENSA MARROM-ESFUMEADA DESSA PARAÍBA. VC É NOVO NO MERCADO E TÁ COMEÇANDO A SOFRER AGORA. TEM MUITA COISA RUIM PRA VC OBSERVAR E POSTAR.

Anônimo disse...

O jornalismo arcaico ainda não sabe? Então vou dizer: Os maiores especialistas em jornalismo do Brasil afirmam "O furo não existe mais." Querem saber por quê? Leiam!

anne oliveira disse...

A imprensa local é tão fruto da ignorância da população quanto a política paraibana. É oferecido ao povo o que ele quer: A boa e velha indústria do pão e circo.