segunda-feira, 8 de agosto de 2011

PRINCÍPIOS EDITORIAIS

Será que algum meio de comunicação da nossa sofrida Paraíba já parou, em suas incansáveis reuniões, pra pensar a respeito dessas duas palavrinhas: Princípios Editoriais? Como temos conhecimento da maioria das empresas, principalmente em nossa capital, sabemos que esses princípios são desprezados como se jornalismo fosse apenas o registro de qualquer acontecimento cotidiano e nada mais. Algum colega nosso de redação, da imprensa em geral, já se deparou, no momento da contratação, com algum manual de princípios editoriais mostrado pela empresa contratante? Resposta em praticamente 100% dos casos: não. Deixaremos um frágil percentual para que alguém não nos classifique de fatalistas ou absolutistas. Mas a verdade, em nossa capital é bem fatalista mesmo. Mesmo que algum dia um profissional tenha recebido algum texto com os princípios que regem a empresa em que trabalha, com o passar do tempo essas regras foram caindo no esquecimento. Culpa do profissional? Não. Culpa da empresa que não cuidou de reativar nas mentes dos seus colaboradores as normas implementadas por ela mesma. E assim vão se formando novos profissionais que chegam ao mercado de trabalho e não conseguem complementar o aprendizado, algumas vezes capengas, que receberam nas carteiras das Universidades e das Faculdades. Como passamos por essas carteiras, sabemos da fragilidade do ensino, pelo menos em alguns determinados aspectos da comunicação. Diante disso podemos definir dois pontos problemáticos:


1. A entidade superior de ensino se conserva ainda afastada do mercado de trabalho
2. Esse mercado sobrevive, em boa parte, prostituído por uma invasão de pessoas sem um preparo mínimo e que, portanto, não possuem discernimento para saber o que é um Princípio Editorial em Jornalismo


O que nos trouxe a esta postagem foi a divulgação, no Fantástico deste domingo, dos Princípios Editoriais das Organizações Globo. Claro que alguns vão logo procurar difamar o grupo platinado de isso, de aquilo, mas não se pode negar que lá existe uma regra definida para ser seguida. Se escorregam de alguma forma, esse escorregão é calculado e não é aleatório como vemos muitas vezes por aqui. Que os formados, os despreparados, os que se acham jornalistas, de alguma forma, façam uma visita ao G1 e leiam os princípios de lá pra tentar incorporar algo que possa direcionar o pobre jornalismo praticado cá. Estamos de olho!

Um comentário:

Marcos Cunha disse...

Concordo com os colegas da Equipe BF temos um mercado de comunicação que só visa a audiência e não o profissionalismo na condução das noticias. Vemos dia a dia logicamente com raras e pouquissimas excessões um pseudo jornalismo que visando o dinheiro apela escadalosamente em cima da desgraça alheia. vemos "mofis" e coisas do genero fazendo um espetáculo diário que beira o absurdo o que me deixa ultrajado pois passei anos de minha com a bunda sentada em uma banca da UFPB pra ver gente sem o minimo preparo e respeito ocupar uma vaga que poderia ser minha ou de outro que realmente se preparou e ficou de fora. e o motivo o "circo dos horrores" dá mais audiência. logicamente temos exemplos bons mas infelizmente são poucos. E como muitos sabem sou o propriétário da Rádio Massa (www.radiomassa.com.br) que criei com o fim de estando fora do mercado mesmo assim dar minha contribuição como formador de opinião. agradeço e parabenizo mais uma vez os colegas e vamos torcer que sindicatos da comunicação lutem pelos seus e não sejam coniventes com as emissoras que não valorizam o profissional e nem a boa informação.