Será que algum meio de comunicação da nossa sofrida Paraíba
já parou, em suas incansáveis reuniões, pra pensar a respeito dessas duas
palavrinhas: Princípios Editoriais? Como temos conhecimento da maioria das
empresas, principalmente em nossa capital, sabemos que esses princípios são
desprezados como se jornalismo fosse apenas o registro de qualquer
acontecimento cotidiano e nada mais. Algum colega nosso de redação, da imprensa
em geral, já se deparou, no momento da contratação, com algum manual de
princípios editoriais mostrado pela empresa contratante? Resposta em
praticamente 100% dos casos: não. Deixaremos um frágil percentual para que
alguém não nos classifique de fatalistas ou absolutistas. Mas a verdade, em
nossa capital é bem fatalista mesmo. Mesmo que algum dia um profissional tenha recebido
algum texto com os princípios que regem a empresa em que trabalha, com o passar
do tempo essas regras foram caindo no esquecimento. Culpa do profissional? Não.
Culpa da empresa que não cuidou de reativar nas mentes dos seus colaboradores
as normas implementadas por ela mesma. E assim vão se formando novos profissionais
que chegam ao mercado de trabalho e não conseguem complementar o aprendizado,
algumas vezes capengas, que receberam nas carteiras das Universidades e das
Faculdades. Como passamos por essas carteiras, sabemos da fragilidade do ensino, pelo menos em alguns determinados aspectos da comunicação. Diante disso
podemos definir dois pontos problemáticos:
1. A
entidade superior de ensino se conserva ainda afastada do mercado de trabalho
2. Esse mercado sobrevive, em boa parte, prostituído por uma
invasão de pessoas sem um preparo mínimo e que, portanto, não possuem
discernimento para saber o que é um Princípio Editorial em Jornalismo
O que nos trouxe a esta postagem foi a divulgação, no
Fantástico deste domingo, dos Princípios Editoriais das Organizações Globo.
Claro que alguns vão logo procurar difamar o grupo platinado de isso, de
aquilo, mas não se pode negar que lá existe uma regra definida para ser
seguida. Se escorregam de alguma forma, esse escorregão é calculado e não é aleatório
como vemos muitas vezes por aqui. Que os formados, os despreparados, os que se
acham jornalistas, de alguma forma, façam uma visita ao G1 e leiam os
princípios de lá pra tentar incorporar algo que possa direcionar o pobre
jornalismo praticado cá. Estamos de olho!
Um comentário:
Concordo com os colegas da Equipe BF temos um mercado de comunicação que só visa a audiência e não o profissionalismo na condução das noticias. Vemos dia a dia logicamente com raras e pouquissimas excessões um pseudo jornalismo que visando o dinheiro apela escadalosamente em cima da desgraça alheia. vemos "mofis" e coisas do genero fazendo um espetáculo diário que beira o absurdo o que me deixa ultrajado pois passei anos de minha com a bunda sentada em uma banca da UFPB pra ver gente sem o minimo preparo e respeito ocupar uma vaga que poderia ser minha ou de outro que realmente se preparou e ficou de fora. e o motivo o "circo dos horrores" dá mais audiência. logicamente temos exemplos bons mas infelizmente são poucos. E como muitos sabem sou o propriétário da Rádio Massa (www.radiomassa.com.br) que criei com o fim de estando fora do mercado mesmo assim dar minha contribuição como formador de opinião. agradeço e parabenizo mais uma vez os colegas e vamos torcer que sindicatos da comunicação lutem pelos seus e não sejam coniventes com as emissoras que não valorizam o profissional e nem a boa informação.
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